terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Oração Poderosa


Num universo tão... Tão distante. Há comunidades religiosas que usam a oração poderosa. Em suas reuniões o poder é verbalizado e paira no ar o cheiro da decomposição... Pois foi registrado que fé sem obra é uma coisa morta.

O dono da comunidade se levanta e diz: - Bem, irmãos; a nossa irmã Joaninha está internada. Ela está com dengue Hemorrágica.

-Tá amarrado! – alguém gritou lá no fundo.

- Vamos levantar um clamor pela vida da nossa amada irmã. –Continua o dono da comunidade - Vamos fazer uma oração profética e a mão do Senhor irá tocar nossa irmã Joaninha naquele leito de morte.

- Quem é irmã Joaninha? – cochicha outro
- É aquela senhorinha que limpa a igreja – responde um outro
- Deus precisa fazer algo! – cochicha outro irmão – Semana que vem teremos aqui na igreja a festa dos gafanhotos e quem irá limpar a igreja se a irmã ficar internada?

Então começa o clamor da congregação em favor da vida da irmã Joaninha.

Clamam assim:

- Oh Deus Todo Poderoso! Visite a nossa irmã e a traga sarada... Nós a amamos e precisa dela na festa do gafanhoto... Uma festa onde muitos serão abençoados... Iremos alargar as tendas... Pois a multidão está vindo.

- Deus de Poder e misericórdia. Repreendemos em Nome de Teu Filho está doença do inferno... Coloque teus anjos naquele hospital... Cure a nossa irmã.

- Nós clamamos... Somos profetas de Deus pra está geração... Este é o ano do milagre... Em o Nome do Senhor profetizamos a cura da nossa irmã.


E assim prossegue o clamor pela restauração da saúde da irmã Joaninha.
Terminado a reunião o pessoal vão pra lanchonete da esquina comer baguncinha* e beber coca-cola.  E depois vão pra suas casas. E a irmã Joaninha? Está internada por causa da dengue.

Sabe duma coisa? Isso é uma hipocrisia total. Fazendo orações proféticas e acham que Deus não saber ler na entrelinhas.

Nas entrelinhas de suas orações poderosas há:

- Bem Senhor, dê um jeito e cure a nossa irmã é que não temos tempo pra ir lá fazer uma doação de plaquetas.
- Senhor envie seus anjos, quem sabe eles podem doar sangue pra essa irmã... Mas faça algo Senhor... Precisamos de tua intervenção. A irmã doente é quem faz o serviço de zeladora do prédio e nós como igreja nem pagamos pelo serviço dela, aliás, nem precisa pagar não é mesmo. O serviço de limpeza do templo é o chamado dela... é o ministério dela.
- Senhor assim como o Senhor fez com a multiplicação de pães e peixes... Agora é hora de o Senhor multiplicar as bolsas de plaquetas.

Bando de hipócritas!

Em que consiste o Reino de Deus?

O Reino de Deus não consiste em saber qual oração é mais poderosa... Não consiste em orações proféticas. O Reino de Deus consiste em amor.
Quer orar? Ore... Orem sem cessar... Ore e em seguida arregace as mangas e doe sangue e no caso da irmã Joaninha doe plaquetas!

Ser cristão é ser como aquele samaritano que encontrou uma pessoa ferida na estrada e não desviou de caminho... E alias mudou toda a agenda pra ajudar um desconhecido e ainda mais utilizou de seu recurso financeiro pra ajudar esse desconhecido... Vão e faça o mesmo tanto pelos os de casa como a irmã Joaninha e pelos de fora os que estão nas estradas quase mortos.


*nome de um sanduíche muito comum no Mato Grosso.


Atenção: Este é um texto ficcional, como foi dito no começo, acontece num universo muito distante. Os personagens não são alegorias de nenhuma pessoa real.

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É possível acreditar em Deus usando a razão

O filósofo e teólogo William Lane Craig defende o cristianismo, a ressurreição de Jesus e a veracidade da Bíblia a partir de construção lógica e racional, e se destaca em debates com pensadores ateus.

"Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade — como penso que é — temos que acreditar nele independente das conseqüências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A  via contrária é o pragmatismo. 'Isso Funciona? Não importa se é verdade, quero saber se funciona'" (William Lane Craig).

 
Craig esteve no Brasil dia 12 de março de 2012 participando de um congresso de apologética e a revista Veja aproveitou para entrevista-lo.

Confira a entrevista no Veja on-line!

Confira também a matéria do Gazeta do Povo.


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terça-feira, 20 de março de 2012

Estar Apaixonado



É uma experiência humana significativa e maravilhosa. Segundo C.S.Lewis, estar apaixonado nos torna generosos e corajosos e abre os nossos olhos não só para a beleza da pessoa amada, mas para toda beleza.

Não se engane! O Estar Apaixonado não dura pra sempre. Na verdade nem tem a intenção de durar. Nenhum relacionamento persiste se for apenas construído no Estar Apaixonado.

Muitos casamentos acabam em divórcios, por diversos fatores e um deles é que ficaram apenas no Estar Apaixonado. Algumas pessoas chegam a afirmar que o relacionamento terminou porque já não havia mais amor. Bem, precisamos entender que Estar Apaixonado é muito distinto de Amar. 
O Amor nunca morre... Nunca acaba.

O que acabou, ou que já passou, foi o estado de apaixonado. Então o casamento chega ao fim, porque um dos cônjuges já não se sente mais apaixonado pelo o outro e já se apaixonou por outra pessoa no trabalho e a vida continua e depois, o Estar Apaixonado passa novamente e mais uma vez vão em busca de um novo amor, que na verdade não tem nada de Amor, mas é somente um Estar Apaixonado.

Parar de Estar Apaixonado não significa parar de Amar. Mas então o que fazer pra que um relacionamento dure? É necessário de uma metamorfose!

É preciso transformar-se num sentimento mais profundo, mais confortável e mais maduro... E isso damos o nome de Amor (confira I Corintios 13).

Resumidamente:
Estar Apaixonado é baseado estritamente no sentimento, já o Amor é baseando na vontade, bem como no sentimento. Assim, o Amor é uma profunda unidade, mantida pela vontade e reforçada de forma deliberada pelo hábito.

Amor como algo distinto de Estar Apaixonado, não é só um sentimento, é uma Escolha.


[NICHOLI, Armand M., Deus em Questão: C.S.Lewis e Sigmund Freud debatem Deus, Amor, Sexo e o Sentido da Vida. Ed. Ultimato, 2005. pág. 155]

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domingo, 18 de março de 2012

O Lorax - Criação de Dr.Seuss


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Saúde Emocional


A qualidade dos nossos relacionamentos é um barômetro bastante preciso da nossa saúde emocional. A felicidade e infelicidade são reflexos de nosso humor, que, em compensação, influencia a forma como nos relacionamos com os outros.

[Deus em questão. Ed. Ultimato. pág.126]

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sexta-feira, 16 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sendo Frutíferos


Disse Jesus: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. [...]”.
[João 15:5 NVI]

Estive um tempo inserido num contexto onde se afirmava que frutificar é simplesmente ganhar almas, assim, metodologias foram elaboradas pra que essa tarefa fosse feita. Formas de se alcançar esse objetivo foram criadas (quanto mais gente você fosse capaz de trazer para o grupo religioso, mais frutífero era você, conforme essa  visão do crescimento). Bem, é que isso altera um pouco o texto bíblico, dar ênfase no crescimento e negligenciar o amadurecimento é extremamente perigoso e danoso. 

Ensinar que como os ramos, os cristãos devem produzir e se eles não forem frutíferos, serão lançados no inferno, equivale dizer que a salvação é proveniente da sua obra de ganhar almas, ou seja, se você não ganha almas, certamente será arrancado da videira e irá parar no fogo, então seja obediente e produza, seja frutífero, ganhe almas e salve a sua vida.

Ontem estava lendo o devocional “A Bíblia Toda, O Ano Todo” de John Stott e me deparei com o seguinte trecho:

É surpreendente como muitos cristãos imaginam que ser frutífero signifique ser bem-sucedido em ganhar almas para Cristo. O evangelismo é, de fato, uma parte muito importante em nossa vocação cristã, mas, se observarmos o Antigo e o Novo Testamento, veremos que as uvas na videira de Deus eram a justiça e a retidão, enquanto que no Novo Testamento o fruto do Espírito é a semelhança com Cristo (Is 5; Gl 5:22-23; Cl 1:10)”. [grifo meu]

[STOTT, John. A Bíblia Toda, O Ano Todo. Ed. Ultimato. pág. 235]

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segunda-feira, 12 de março de 2012

A Diferença de Conceber e Criar


Quando Lewis procurou conhecer melhor a visão do mundo espiritual, ou seja, em sua transição do ateísmo para o cristianismo, ele se atentou para a passagem que fazia referencia a Cristo como concebido e não criado. Lewis com um bom estudioso de linguagem prestou bem atenção ao texto em grego e percebeu logo de cara a intenção dos escritores do Novo Testamento ao usar “conceber” e não “criar”

Conceber é tornar-se o pai de, criar é fazer... O que Deus concebe é Deus; da mesma forma que o homem concebe homens. O que Deus cria não é Deus; da mesma forma como o que o homem cria não é homem. Essa é a razão porque os homens não são Filhos de Deus no mesmo sentido em que Cristo é”.
(Deus em Questão. Ed. Ultimato – 2005. pág. 99)

É por isso que Cristo é o primeiro de muitos. É o primeiro humano em plenitude. É a obra completa de Deus. Todos nós somos filhos de Adão. Como diria Kivitz, “somos como bonequinhos de pano” (pra saber mais sobre isso, sugiro que ouça a série intitulada “Não me envergonho do evangelho”, disponível no site da IBAB)

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domingo, 11 de março de 2012

A Divina Revelação do Inferno


Não tem nada de divino nesta revelação. Bem, o livro “A Divina Revelação do Inferno” é uma literatura sensacionalista. O que classifico de uma teologia terrorista. Teologia medíocre. O livro é repleto de aberrações teológicas.

Como já deu pra perceber irei fazer uma critica a essa obra. Que fique bem claro, não sou graduado em teologia e nem sou crítico literário, sou apenas um cristão que como alguns gostam de ler. Caso você já tenha lido esse livro e tenha gostado da divina revelação que a autora traz do inferno (que ela mesma afirma que é da parte de Deus), sinta-se a vontade em expressar sua opinião nos comentários (final do post).

Nem é preciso ler o livro inteiro pra dar de cara em baboseiras. A Autora afirma que ela nasceu com o objetivo de escrever e relatar o que Jesus a revelou (A divina revelação do inferno), pois essas revelações são fieis e verdadeiras. E que ela (autora) foi chamada pra avisar o mundo da existência do inferno e que Jesus foi enviado por Deus pra salvar todo mundo deste tormento (do inferno).

Agora vamos por parte, pois nesse trecho acima há tantas coisas pra falarmos (e olhe que é apenas o começo do livro). Bem, seria interessante convidarmos os cristãos em geral a abandonar o estilo crente Kodak (vive de revelação) e amadurecermos e crescermos em graça e estatura do nosso Senhor.

Lendo a Bíblia, mais precisamente, o Novo Testamento, não encontramos ênfase no inferno. Jesus fala do inferno em diversas passagens, mas não enfatiza o inferno. O Nosso Testamento deixa claro que o inferno foi feio para os demônios. Jesus dá ênfase no Reino de Deus que já havia chegado. A autora coloca o nome de Deus e de Jesus no intuito de legitimar seu texto. É clara a divergência do que é dito no livro quando comparado ao texto bíblico.

Jesus faz referencia a existência do inferno em vários momentos como, por exemplo, na parábola das redes em Mateus 13: 47- 50. E em todas as citações de Jesus a ênfase maior é no reino de Deus. Por que o Senhor mudaria a tática hoje? Será que Deus não sabe que em time que está ganhando não se mexe? Se a própria Palavra de Deus afirma que Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, fico com dificuldade em ver o livro em questão como uma obra séria. Escolher uma pessoa com o objetivo de dar ênfase no inferno pra mim é realmente contraditório. Mas Deus sabe o que faz não é mesmo?

Quando a autora diz que seu objetivo é escrever e relatar sobre a divina revelação do inferno, eu simplesmente me lembro de quando Jesus contou sobre o Rico e o mendigo Lázaro (Lucas 16:19-31). Tanto Lázaro, quanto o Rico morreram, Um foi pra junto de Abraão (talvez pudéssemos dizer que o mendigo foi pro céu) e o Rico foi pro Hades (ou infernos para alguns) ser atormentado. Lá o Rico tem plena consciência de que o mendigo está numa vida boa e ele num sofrimento total, então o Rico diria algo mais ou menos assim: “Jesus deixa pelo menos eu postar no meu perfil de facebook que o inferno existe e é um lugar horrível... deixa-me escrever pra que meus familiares não venham pra esse lugar”. Em seguida Jesus responderia: “Não há a necessidade de você escrever a seus familiares sobre o inferno. Eles têm a minha Palavra traduzida e escrita em inúmeras versões, caso eles não consiga ler sobre os perigos de uma vida sem Mim na versão do Almeida, eles tem a NTLH, tem também a NVI e tantas outras paráfrases na qual deixa bem acessível e sinalizado os perigos de caminhar sem Mim... O que eles precisam é abrir o coração pra minhas Palavras”.

Acredito que dar ouvido a literatura sensacionalista, ou pra teologia terrorista é se distanciar da essência do cristianismo. Falar que Jesus foi enviado pra nos salvar do inferno é muito pouco pra proposta do cristianismo (Sugiro a leitura do livro “Simplesmente Cristão” de N.T. Wright). O Senhor veio é pra concertar a criação... Buscar o que se perdeu. Pra salvar a humanidade do mal que entrou no mundo. Não irei prolongar nesse ponto, pois teríamos que abordar sobre o conceito de Graça, de Justificação, Redenção, propósito da cruz, etc. E tudo isso iria prolongar nosso post.

Sugiro, caso você tenha interesse em aprender mais que leia a Bíblia numa versão mais moderna, que traga uma linguagem mais clara e de fácil compreensão. A leitura da Bíblia tem que fazer sentido em nossa vida. Procure um plano de leitura e dedique em aprender de Deus na Bíblia. O inferno é um lugar, mas não foi feito pra nós. É o destino de uma vida sem Deus. Conheça a Palavra de Deus. Comece lendo os evangelhos, depois as cartas de Paulo e depois o restante do Novo Testamento.

Procure um bom livro. Leia um devocional, como por exemplo, o livro “A Bíblia toda, O ano todo” de John Stott (iremos em breve sortear um exemplar deste livro aqui no blog). Deixemos de lado o “crente Kodak” e nos tornemos crentes pensantes.

Mas se você se interessa pelo inferno, então em vez de ler a “Divina Revelação do Inferno” (que não tem nada de divino), leia o livro “Cartas de um Diabo ao seu Aprendiz” de C.S.Lewis. Esse livro do Lewis é uma excelente ficção e nele podemos ver claramente como um professor de Literatura entender muito melhor de teologia do que a autora do livro que propõe uma revelação do tormento.


"A estrada mais segura para o inferno é aquela gradual – o declive suave, piso macio, sem curvas acentuadas, sem marcos de referência, sem sinalização.
[Cartas de um Diabo a seu Aprendiz. Lewis, C.S.]

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quarta-feira, 7 de março de 2012

C. S. Lewis: fácil ou difícil?

Por Gabriele Greggersen*

Gostaria de ter dado continuidade ao meu papo sobre as Crônicas de Nárnia, mas certamente teremos mais oportunidade para isso. O que me ocupa nos últimos meses é outra coisa. Fui surpreendida por uma nova missão: traduzir C. S. Lewis, aquele Jack em sua melhor forma, como professor emérito de Literatura Medieval e Renascentista Britânica. Trata-se praticamente da tradução de sua obra acadêmica completa.
 
Finalmente o Brasil conhecerá outra face deste apologista cristão, que é a do profissional acadêmico de mão cheia e reconhecido no mundo todo por sua contribuição para a sua área de atuação. A pergunta: “quem é que vai ler C. S. Lewis no Brasil?”, que me foi feita anos atrás por um editor já não se aplica, pelo menos é essa a aposta. Então, resolvi compartilhar algumas de minhas dificuldades nessa empreitada, que se me fizeram lembrar de um dos capítulos de seu clássico “Cristianismo Puro e Simples”, traduzido como “O Cristianismo: é difícil ou fácil?”.
 
Só lembrando um pouco o que Jack diz ali sobre o Cristianismo: ele é difícil, pois não exige nada mais nada menos do que a entrega total (do orgulho, do egoísmo, dos medos, dos sonhos, das realizações, das razões e desrazões) e por causa das consequências disso (aprender a lidar com os paradoxos da vida). Mas é, ao mesmo tempo, fácil e isso num sentido que vai além das dificuldades, porque Deus faz tudo por nós: o querer e o realizar, como por um passe de mágica, apesar de nós. É fácil também, porque o “fardo é leve”, por mais contraditório que isso possa parecer.
 
Então, resolvi fazer um paralelo desse paradoxo com a própria pessoa de C. S. Lewis, que reflete em si as contradições presentes em toda a criação e em todo o cristão: Ler e traduzir C. S. Lewis: é difícil ou fácil?
 
Vou começar pelos seus aspectos “fáceis” de ler e traduzir sua obra: seu carisma, sua paixão pelo que sabia fazer melhor; lidar com as letras e com os autores; e sua clareza mental; seu equilíbrio e ponderação na argumentação; sua genialidade; sua humildade; seu respeito pelo leitor. De uma maneira geral, o fácil é o interesse que ele despertava por mergulhar em todos esses mundos e universos que ele apaixonadamente nos revela.
 
A parte difícil da tradução da obra de C. S. Lewis são as palavras refinadas, que mal se encontram em dicionários atuais, suas milhares de citações de milhares de autores totalmente desconhecidos para nós e que ele conhecia como velhos amigos de colégio.
Seu conhecimento poliglota de línguas, entre elas o Inglês Médio, língua mais morta do que o latim, que o tradutor tem que fazer verdadeiros malabarismos para tentar decifrar. Sem falar de citações em latim, francês, italiano, britânico saxônico e grego.
 
E o que mais: Lewis também erra, pelo menos para o nosso gosto: Frases longas, com uso constante do “it” (gênero inexistente no português) até se perder de vista a que ele se refere; uso de expressões idiomáticas. Todas essas dificuldades fizeram vários tradutores desistiram da ousadia de traduzir esse autor, principalmente nessas obras.
 
Mas não quero reclamar disso, desde que o todo da obra seja compreensível. Os sofrimentos, eu os tomo com minha parte ínfima de um todo bem mais precioso. O difícil mesmo é a árdua tarefa de subir nas costas de um gigante que confessava subir nas costas de outros gigantes. Quando nelas um dia eu subi, não fazia ideia da quantidade de costas sobre as quais ele se erguia e percebo agora, o quanto mais ainda há por escalar acima delas.
 
Sou grata a Deus por essa oportunidade que, apesar das grandes dificuldades passageiras, promete redundar numa boa colheita nessa seara de poucos ceifeiros.
 
Como Jack mesmo dizia: nossa missão não é de derrubar florestas, mas de irrigar desertos. Foi isso que Jesus fez, com suas misteriosas parábolas e seus milagres, foi isso que fez o apóstolo Paulo, o imitador de Cristo, é isso que fazem milhares de missionários por todo o mundo e o que essa modesta imitadora tenta fazer, ao canalizar essas águas refrescantes para os nossos ermos acadêmicos e cristãos. Peço as preces do leitor para o sucesso desse desafio que certamente depende por inteiro da graça divina e serve inteiramente para o Seu louvor.
 
Fonte: Ultimato

*É mestre e doutora em educação (USP) e doutoranda em estudos da tradução (UFSC). É autora de O Senhor dos Anéis: da fantasia à ética e tradutora de Um Ano com C.S. Lewis e Deus em Questão. Costuma se identificar como missionária no mundo acadêmico. É criadora e editora do site www.cslewis.com.br

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domingo, 4 de março de 2012

John Carter: Trailer Oficial - Dublado

Ficção... Ficção... Mais Ficção. Estréia 09 de março.
Gostei do trailer. =]

John Carter é um personagem criado por Edgar Rice Burroughs em 1912.

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Para Aqueles Que Esperam



  

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Espelhos Mágicos


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Valente


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