"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23 NVI - negrito acrescentado)
O interessante no cristianismo é essa abordagem de “negar a si mesmo”, num aspecto de não se amar a si próprio demasiadamente. Quando olhamos para o meio dos crentes, sempre encontraremos aqueles que se acham os maiorais... Com superegos!
Não há nada de errado em se amar. Se você não se ama, como amará o outro? Gosto do cristianismo por vários motivos, e um deles é o convite de amar o outro. De tornarmos realmente próximos, não apenas estarmos pertos, mas de nos preocuparmos com os outros como preocupamos conosco mesmo.
Lendo “As Crônicas de Aedyn” (Para quem gosta de uma boa leitura, #ficadica de livro; é uma obra ficcional do teólogo Alister McGrath, numa próxima postagem falo mais sobre o livro e o autor), me deparei com a seguinte narrativa (é o dialogo entre a Protagonista Julia, uma menina do mundo dos humanos que foi chamada a libertar o povo de Aedyn (uma terra fantástica) e o monge Gaius:
“Você se saiu muito bem. Enfrentou a ambição, o engano e o desejo, e triunfou sobre todos. E acho que você dominou o amor-próprio também. Olhe pra dentro da lagoa, o que você vê?
Julia voltou á lagoa, abaixou se e olhou mais uma vez.
- Eu vejo folha de árvores e o céu além.
- Existe mais alguma coisa? – indagou Gaius.
- Não, mais nada – ela replicou confusa.
- Olhe novamente – encorajou o monge. – Há alguma coisa faltando?
Julia olhou de novo dentro d’água e respirou profundamente.
- Eu não me vejo – disse ela.”
Quantos desejam se vê cada vez mais? Uns tocam na igreja e desejam serem vistos? E tantos outros que anseia que sua imagem esteja bem nítida na lagoa da vida... Já a heroína das Crônicas de Aedyn aprendeu uma grande lição para que possa cumprir o seu chamado; Ela aprendeu dominar o amor-próprio.
Um comentário:
Olá passei para conhecer o blog. Deus continue abençoando. Abraços e fique na paz do Senhor Jesus.
www.coisademulhercrista.com
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