George Orwell escreveu uma crítica a That Hideous Strength (1945) de C. S. Lewis (No Brasil, a obra foi publica
pela WMF Martins Fontes, com o titulo de Uma
Força Medonha).
Quem
foi George Orwell, você me pergunta? Bem, ele foi um escritor e
jornalista inglês. Entre suas obras, podemos citar: 1984 (publicado em 1949), A
Revolução dos Bichos (1945), e outras mais. Ele escreveu poemas, artigos,
poemas, etc.
Sua crítica ao trabalho de Lewis, foi publicado em 16 de Agosto de
1945, no Manchester Evening News. Com o seguinte titulo: THE SCIENTISTS TAKE
OVER (caso tenha interesse de lê-lo na integra, clique aqui).
Orwell começa seu review (crítica literária), dizendo que os melhores
romances são aqueles que não fazem uso do elemento fantástico (anjos,
fantasmas, magia, etc.). E que na obra Uma
Força Medonha, Lewis utiliza-se muito deste recurso. Segundo Orwell, provavelmente teria sido um livro melhor se o
elemento mágico fosse deixado de fora.
Ele continua resumindo a obra de
Lewis ao dizer que em essência, é uma estória de crime. E acrescenta que
os acontecimentos milagrosos (elementos fantásticos) não são essenciais
para as estórias de crimes.
George Orwell acredita que Lewis se assemelha a G. K. Chesterton (este por sua vez
escreveu O Homem Que Era Quinta-feira).
Orwell afirma que é provável que Lewis
compartilhe do pensamento chestertoriano no que diz respeito às verdades do cristianismo contra o materialismo
científico ou niilismo. Em seu comentário, Orwell diz de onde provavelmente
Lewis foi buscar o titulo para a obra em questão.
Assim, Orwell prossegue em seu
resumo dizendo que o livro descreve a luta de um pequeno grupo de pessoas
simples contra um instituto cientifico que pretende dominar o mundo e se possível
o universo inteiro. Em outras palavras, colocar tudo sob o controle da ciência.
Orwell descreve o instituto
cientifico (Instituto Nacional de coordenadas Experimentos) e acrescenta
afirmando que um dos personagens do romance de Lewis que é conhecido como O Cabeça, é tão excitante quanto numa
estória de detetive.
Para Orwell, o livro de Lewis
seria muito bom para se sugerir a alguém se ele não fosse escrito com elementos
fantásticos, pois segundo Orwell, esse elementos deixaram a obra um pouco
confusa. Depois, o crítico literário prossegue sua resenha, afirmando que os
cientistas da estória estão interessados no corpo do antigo mago Merlin que está
enterrado no intuito de controlar o universo. Mas o trabalho dos cientistas é frustrado
pelo protagonista e por uma vidente e por alguns seres angelicais.
Segundo George Orwell, o livro termina de uma forma que é tão absurda
que nem sequer conseguem ser horrível, apesar de muito derramamento de sangue.
Orwell comenta sobre as crenças de Lewis.
O autor encerra sua crítica
dizendo que é um livro que vale a pena a leitura. O que para mim, foi
apenas uma forma polida de encerrar um texto. Pois foi assim que aprendi na disciplina
de Leitura e Produção de Texto (em
2011) a encerrar uma crítica.
Ainda estou lendo Uma Força Medonha, depois compartilho aqui
no blog minha opinião sobre a obra. Depois da leitura do comentário do Sr.
Orwell, lembrei-me do que Lewis escreveu no prefácio:
“Chamei este livro
de conto de fada na esperança de que aqueles que não gostam de fantasia não
sejam persuadidos a continuar sua leitura, pelos dois primeiros capítulos, para
depois virem queixar-se decepcionados”
Ótima semana a todos.
Grande abraço!
Um comentário:
Caraca!
Embate (se é que podemos chamar assim) de peso.
As duas obras que você citou do Orwell são simplesmente espetaculares.
Do Lewis não temos nem o que falar.
Na minha opinião, o melhor escritor cristão do século XX. Não que minha opinião valha alguma coisa.
Nunca pensei em um lendo o livro do outro. Legal imaginar isso.
Abraço!
Vinicius Morais
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