Uma Jovem solicitou um encontro
com o STF:
Senhores, eu agradeço pela
oportunidade de estar aqui hoje, sei que alguns de vocês consideram Jesus um
mestre moral. Não pretendo aqui argumentar se Cristo foi ou não foi um bom
rabino; gostaria de dialogar acerca da aprovação do aborto no caso de Anencefalia.
Certa vez Cristo contou uma parábola,
a qual nós a intitulamos de “A Parábola do Bom Samaritano”. Nela encontramos a
historia de uma pessoa quase morta a beira da estrada e algumas pessoas escolheram passar do outro lado da estrada para não se envolver naquela situação
de calamidade, mas aparece em cena algo inesperado – um samaritano. E esta
pessoa se envolve, gastam o seu tempo e seu recurso financeiro na ajuda do que
estava à beira da morta – literalmente falando.
Quando optamos em antecipar um
parto, ou aborta uma vida, na situação de “quase morta” (anencefalia), estamos
sendo como os religiosos da parábola contada por Jesus. Estamos sendo levado
pelo espírito capitalista e calando a voz do coração (chamaria de voz da
humanidade – refiro-me a essência de ser humano).
Quando concordamos em aborta
essas vidas “quase mortas”, estamos dizendo que não temos recursos financeiros
pra cuidar delas e não queremos investir em pesquisas cientificas pra melhorar
a vida humana, queremos mesmo é pesquisar no intuito de enriquecer alguém. Estamos
dizendo que cuidar de vidas “quase mortas” é muito caro para o Estado e que a “Senhora
Corrupção” precisa muito mais de recursos do que essas vidas. Não podemos tirar
alimento da boca da “Dona Corrupção” e dar para as vidas “quase mortas”.
Quando aceitamos abortas as vidas
“quase mortas”, estamos dizendo que não há água pra todo mundo, não há alimento
pra todo mundo... Então vamos abortar logo esses seres frágeis e vamos dar
uma forcinha para o darwinismo social. Se “gastarmos” recursos com esses seres
humanos, estaremos enfraquecendo o sistema.
Acredito que não se deve obrigar
nenhuma mãe carregar o fardo muito pesado de ser mãe de um feto anencéfalo. Acredito
também que é um avanço não penalizarmos os pais que optarem em interromper a
gestação (abortar), mas precisamos dialogar pra que os médicos não venham “forçar”
que os pais façam o aborto. Faz-se necessário equipar os pais e a sociedade de
forma clara sobre onde começa a vida e se os pais optarem em prosseguir com a
gestação, o estado deve proporcionar recursos para que essa vida “quase morta”
tenha o mínimo de condição de vida.
Temos tantas mentes brilhantes no
meio cientifico, por que não buscarmos maneiras de realmente melhorar a vida
das pessoas que já vivem e das que ainda estão nos úteros, mesmo as das que são
anencéfalos? Ainda penso que é por motivos capitalistas que a ciência não busca melhoria para esses humanos que para muitos são natimortos. Para o capital, esses seres são peso mortos, pois eles nao poderão trabalhar para os donos do meio de produção. Assim encerro, que o espirito do capital é o mesmo espirito dos religiosos da narrativa do "Bom Samritano"- Não temos recurso financeiro para os "quase mortos" que estão a beira do caminho da vida e esse problema não é nosso, estamos muito preocupado com outras coias.
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