Estava pedalando, era um sábado à
tarde. A cidade como de costume está quente, fazia 40º graus – é moro em Cuiabá.
No percurso encontrei um amigo*, ele lecionou Literatura Medieval e
Renascentista em Cambridge.
Desci da bicicleta e fomos para
debaixo duma árvore.
- Ah, que sombra gostosa! – disse
eu.
- Eu acredito no cristianismo
como acredito que o sol nasce todo dia. – disse ele - Não apenas porque o vejo,
mas porque através dele eu vejo tudo ao meu redor.
Queria ficar mais tempo papeando com
ele, mas eu estava com pressa. Tinha um compromisso. Eu precisava ir para o
serviço. Despedi-me dele e segui pedalando e o que ele me falou ecoou em minha
mente.
Antes de chegar ao meu destino,
encontrei outro amigo** – um bispo anglicano de Durham. Assim, parei para lhe dar
um oi e saber como estava as coisas e comentei o que o outro amigo
me disse.
Disse ele:
- A dificuldade é que falar de
Deus no sentido cristão é como olhar fixamente para o sol – ofusca a vista. Na verdade, devemos deixar de olhar diretamente para o sol e
desfrutar de sua luz, pois a partir do momento que ele nascer, podemos ver
todas as coisas com clareza.
- realmente, vocês dois tem razão – disse eu.
Despedi-me de outro amigo e segui meu trajeto. E o que eles disseram mudou minha forma de ver as coisas. Paulo nos diz em Coríntios de termos a mente de Cristo, por que não termos também a forma de ver as coisas?
*C.S.Lewis
** N. T. Wright
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