Em seu livro Ortodoxia,
Chesterton afirma que os velhos contos de fadas são muito melhores do que os
modernos romances. Para ele, os heróis dos modernos romances são anormais, são distantes
das pessoas comuns.
Chesterton continua:
“Os velhos contos de fadas fazem
do herói um ser humano normal. Suas aventuras é que são surpreendentes. [...] O
conto de fadas discute o que o homem sensato fará num mundo de loucura”.
Depois de assistir o filme A
Branca de Neve e o Caçador, lembrei-me da fala de Chesterton. E tenho que
concordar com ele. Tem toda razão! As melhores histórias são aquelas onde o
herói ou heroína é gente como a gente e se deparam num mundo de extrema
loucura, ou quando o protagonista não tendo nenhum poder mágico deve enfrentar
o antagonista detentor de magias.
Com relação à Branca de Neve e o
Caçador, fiquei com a impressão de ter assistido um excelente filme. Conseguiram
transformar um conto de fadas num épico. Fabuloso filme!
Um verdadeiro conto épico,
devidamente situado na idade média, digo isso não só por causa do cenário, mas
também devido a uma cena na qual a jovem princesa faz a oração do Pai Nosso. E ela não
faria essa oração se ela não fosse cristã.
Há inúmeras possibilidades de
analisar esse excelente filme, mas por hora, prefiro encerrar parafraseando
Chesterton.
O conto de fadas nos leva a
discutir o que faríamos se tivéssemos no lugar do protagonista e se todas as
condições aparentemente favorecessem o antagonista.
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