terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Crescer sem perder a essência

Muitos crescem e perdem a essência. Deixam para trás a identidade e vão em busca de uma personalidade imposta pelos outros. É tão gostoso o tempo de criança. É tão rabugenta a vida adulta com suas burocracias.

C. S. Lewis escreveu: Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino, inclusive o medo de ser infantil e o desejo de ser adulto. (isso não está na Bíblia, é C. S Lewis =] rsrsrrsr)


Geralmente quando somos crianças queremos ser adultos e quando somos adultos não podemos gostar do que gostávamos quando éramos crianças.

Lewis continua: “A visão moderna, a meu ver, envolve uma falsa concepção de crescimento somos acusados de retardamento por que não perdemos um gosto que tínhamos na infância. Mas, na verdade, o retardamento consiste não em recusar-se as coisas antigas, mas sim em não aceitar coisas novas. Hoje gosto de vinho branco alemão, coisa de que tenho certeza de que não gostaria quando criança; mas não deixei de gostar de limonada. Chamo esse processo de crescimento ou desenvolvimento, por que ele me enriqueceu. Se ante eu tinha um único prazer agora tenho dois. Porém, se eu tivesse que perder o gosto por limonada para adquirir o gosto por vinho, isso não seria crescimento, mas simples mudança”.

Isso é o jeito lewisiano de enxergar a vida! Não preciso dizer mais nada, pois o professor de literatura medieval foi ponto.

(In: As crônicas de Narnia. Volume único.
Editora Martins Fontes. Página 744)

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