sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

UM DEBATE SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS

Certa vez eu li no encarte do álbum “Distorção” da banda Fruto Sagrado, um frase de autoria do Agnóstico Bertrand Russell.

“A menos que se admita a existência de Deus, a questão que se refere ao propósito para a vida não tem sentido”.


Abaixo um pequeno trecho do diálogo entre Frederick C. Copleston (jesuíta padre católico) versus Bertrand Russell (filósofo agnóstico):

F. C. Copleston: Como vamos discutir a existência de Deus, talvez seja assim que chegar a algum acordo provisório sobre o que entendemos por "Deus". Eu presumo que significa um Ser Supremo pessoal - distinta do mundo e criador do mundo. Você concorda - pelo menos provisoriamente - a aceitar esta declaração como o significado do termo "Deus"?

Bertrand Russell: Sim, eu aceito essa definição.

F. C. Copleston: Bem, a minha posição é a posição afirmativa que tal ser realmente existe, e que sua existência pode ser provada filosoficamente. Talvez você me diga se sua posição é a do agnosticismo ou de ateísmo. Quero dizer, você diria que a não-existência de Deus pode ser provada?

Bertrand Russell: Não, eu não deveria dizer isso: é a minha posição agnóstica.

F. C. Copleston: Você concorda comigo que o problema de Deus é um problema de grande importância? Por exemplo, você concorda que, se Deus não existe, os seres humanos e a história humana não pode ter outro fim que não o efeito, escolher a entregar-se, que - na prática - é provável que isto signifique o fim que aqueles que impõem o poder para impô-la?

Bertrand Russell: Sim, mas eu teria que colocar uma certa limitação em sua última frase.

F. C. Copleston: Você concorda que, se não houver Deus - não Ser absoluto - não pode haver nenhum valor absoluto? Quero dizer, você concorda que, se não há bem absoluto que a relatividade dos resultados valores?

Bertrand Russell: Não, acho que essas questões são logicamente distintas. Tomemos, por exemplo, O Principio Ético de G. E. Moore, onde ele afirma que há uma distinção do bem e do mal, que ambos são conceitos definitivos. Mas ele não trazer a idéia de Deus para suportar esta alegação.

F. C. Copleston: Bem, suponho que deixar a questão de bom até mais tarde, até que chegamos ao argumento moral, e eu dou primeiro um argumento metafísico. Eu gostaria de colocar o peso principal no argumento metafísico baseado em argumento de Leibniz de "imprevistos" e depois podemos discutir o argumento moral. Suponha que eu dê uma breve declaração sobre o argumento metafísico e que depois vamos discutir sobre isso?

Bertrand Russell: Isso me parece ser um plano muito bom.
[...]

Bem, o debate é longo. Caso deseje ler na integra, Disponível em
http://www.bringyou.to/apologetics/p20.htm

Um comentário:

Eduardo Medeiros disse...

oi fábio.

essa é exatamente a questão mais difícil para os argumentos teístas. ou seja, o que pensamos quando falamos deus? e para complicar um pouquinho, por que o que eu penso quando penso em deus é verdadeiro em detrimento a tantas outras definições?

valeu, abraçuuuu

depois dá uma espiadinha bbbbiana no caminhosdateologia.blogspot.com

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